Em setembro de 2014, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) determinou a perda de três pontos do Grêmio na Copa do Brasil, como punição pelo caso de racismo envolvendo sua torcida contra o goleiro Aranha, que defendia o Santos na época. Essa decisão teve impacto direto na competição, eliminando o clube gaúcho do torneio e garantindo a classificação da equipe paulista para as quartas de final.
O episódio ocorreu na partida de ida das oitavas de final, disputada na Arena do Grêmio. Durante o jogo, Aranha foi alvo de insultos racistas vindos das arquibancadas. Dias depois, o goleiro registrou um Boletim de Ocorrência, denunciando a situação. A repercussão do caso levou o STJD a analisar o ocorrido e aplicar uma sanção ao clube gaúcho.
Inicialmente, cogitou-se a exclusão do Grêmio da Copa do Brasil. No entanto, os auditores do caso optaram por uma penalização alternativa, temendo que a exclusão do torneio criasse um precedente para punições semelhantes em outras competições.
Grêmio foi punido pelo STJD após caso de racismo contra Aranha
Assim, decidiu-se pela retirada de três pontos do Tricolor Gaúcho no jogo de volta contra o Santos, o que configurou um W.O. e garantiu a classificação automática do adversário.
Além da perda de pontos, o clube também recebeu uma multa de R$ 50 mil. O procurador Paulo Schmitt, responsável pela denúncia, chegou a defender uma punição mais severa, com o aumento do valor da multa e a exclusão da equipe do torneio, mas sua solicitação não foi acatada.
Na época, Schmitt ressaltou a importância da punição para que episódios como esse não fossem ignorados. Em sua argumentação, destacou que o clube e sua torcida são indissociáveis e que atitudes racistas devem ser combatidas de forma contundente. O caso gerou grande repercussão e reforçou o debate sobre o combate ao racismo no futebol brasileiro.
